terça-feira, 4 de junho de 2013

Sobre os Sonhos (1900 - 1901, vol. V das Obras Completas de Freud, Cap.I)

2ª Unidade – Resumo de:

Sobre os Sonhos (1900 - 1901, vol. V das Obras Completas de Freud, Cap.I)

Neste capítulo Freud apresenta a concepção pré-científica sobre os sonhos. Nela os processos oníricos derivariam de intervenções divinas, hostis e agradáveis. Após o advento das ciências naturais esta concepção mitológica dos fenômenos oníricos tornou-se psicológica.
O autor postula que o interesse científico está na significação dos sonhos, sendo que esta questão se divide em duas concepções:

1)    Indagar sobre a significação psíquica do sonhar, sobre a relação dos sonhos com outros processos anímicos e sobre a eventual função biológica dos sonhos.

2)    Buscar descobrir se os sonhos podem ser interpretados, se o conteúdo de cada sonho tem um “sentido”, assim como em outros processos psíquicos.

Freud elucida três linhas (1, 2 e 3) de pensamento distintas sobre a avaliação da “significação do sonho”. (1) Uma delas corresponde em certo aspecto à antiga supervalorização dos sonhos. Pode ser encontra em certos trabalhos filosóficos e se destaca por considerar os processos oníricos como “emancipação” da alma, ou seja, atribuem “... á vida onírica a capacidade de um funcionamento superior, pelo menos em certos âmbitos.” (FREUD, 1900-1901, p.656). (2) Outra linha de pensamento é a da medicina, segundo a qual a vida onírica não poderia ser considerada nem um processo psíquico. Nesta perspectiva os sonhos seriam originados por estímulos sensoriais, somáticos externos e internos (órgãos), portanto, não teriam “sentido” algum, seriam meras respostas às percepções sensoriais durante o sono. (3) Por fim Freud apresenta a linha de pensamento popular, que insiste em acreditar que os sonhos possuem sim um sentido, porém este seriam vinculados à predições do futuro e místico.

Maio/2013 - Elaborado por Camila Sanzi e Karina Bueno, Equipe de Monitores de Psicanálise - PUC/SP – Campus Barueri .

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