segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Verbetes Instinto, Sadismo e Masoquismo, Vocabulário da Psicanalise, Laplanche e Pontalis.


Resumo dos Verbetes Instinto, Sadismo e Masoquismo, Vocabulário da Psicanalise, Laplanche e Pontalis.

Instinto:
Esquema de comportamento herdado filogeneticamente.
Termo utilizado por psicanalistas ingleses ou franceses para traduzir o termo freudiano Trieb
ü  O termo Trieb provém da obra freudiana seria traduzido como pulsão, um termo muito diferente de instinto, com implicações também diferentes.
ü  Freud originalmente utiliza o termo instinkt para determinar os instintos dos animais
Masoquismo:
Perversão sexual em que o prazer está ligado ao sofrimento ou a humilhação a que outro é submetido.
Freud amplia a dimensão do significado de masoquismo para além da perversão considerada pelos sexólogos, descrevendo termos do masoquismo em comportamentos sexuais seja na sexualidade adulta ou infantil, e no masoquismo moral em que o sujeito tem uma postura de vitimização causada por um sentimento de culpa inconsciente.
ü  Em O problema econômico do masoquismo Freud propõe três tipos de masoquismo, o erógeno que embora pareça à forma a que normalmente nos referimos ao masoquismo (Encontro de prazer sexual na dor), na verdade é a condição  encontrada na base do masoquismo que seria a culpa inconsciente por algo que gera a necessidade de punição, se encontra também no masoquismo moral, o masoquismo feminino em que o sujeito deseja ser colocado em uma posição feminina ou de subjugação, e o masoquismo moral já citado anteriormente.
ü  Há também as noções clássicas de masoquismo primário que Freud entende por um estado em que a pulsão de morte ainda é dirigida ao sujeito, entretanto é ligada pela libido e unida a ela. E o secundário que se constitui como um retorno ao sadismo.

Sadismo

O sadismo é uma perversão sexual que consiste em infringir dor ou humilhação a outros. A psicanalise vê o sadismo como manifestações encobertas principalmente infantis. O individuo pode sentir prazer em qualquer ato de violência não necessariamente sexual.

Elaborado por monitores Priscila M. Hernandes e Thamy O. Lelis, do grupo de monitores de psicanalise de Barueri da faculdade Pontifícia Universidade Católica de São Paulo do curso Psicologia.

A Vida Sexual dos Seres Humanos, Obras Psicológicas Completas de Freud, Volume: XVI.


Resumo do texto A Vida Sexual dos Seres Humanos, Obras Psicológicas Completas de Freud, Volume: XVI.
·         Definição do conceito sexual “tudo que se relaciona com a distinção entre os dois sexos”. Freud fala sobre a perversão, homossexualidade, pessoas que o objeto sexual foi modificado (troca do órgão genital pela boca ou anus), pessoas em que a finalidade sexual foi modificada (troca o órgão genital por outra parte do copo, pés, seios, entre outros). Pessoas que abandonam o objeto sexual por uma peça de roupa e pessoas que usam da violência para sentirem prazer, até mesmo utilizam cadáveres.
·         O outro grupo de perversos é constituído de pessoas que se satisfazem com espiar atos íntimos ou somente olhar pessoas, entre outras coisas. Depois vêm os sádicos (infringirem dor física ou psicológica) e os masoquistas (sofrerem humilhações/dores, físicas ou psicológicas.
·         Freud aponta a paranoia (não pode ser colocada entre as neuroses de transferência) como maneira de um individuo tenta se libertar de impulsos homossexuais extremamente intensos.
·         Freud diz que sintomas histéricos nos fazem pensar que os órgãos, em geral, possuem significado sexual, além de seu papel funcional. Os sintomas sexuais pervertidos devem ser atribuídos ao inconsciente do sujeito e não ao consciente. É possível adoecer de neurose por conta de uma frustração sexual intensa e lança-se a formas anormais de excitação sexual. A dificuldade ou a impossibilidade de obter satisfação sexual pode fazer um sujeito expressar inclinações perversas que antes não tinham sido manifestadas.
·         Verificou-se que todas as inclinações perversas tem suas origens na infância e que todas as crianças são suscetíveis a todas elas. As crianças possuem sexualidade e Freud salienta a importância de não confundir a sexualidade e função reprodutora (que surge na adolescência). A sociedade é responsável por domar esses instintos, porém estes negam o fato de existir sexualidade e prazer na criança.
·     Após falar sobre a existencia da sexualidade infantil, Freud divide a sexualidade einfantil em três grandes fases:   
 1) Fase oral: O primeiro objeto da pulsão sexual, para o bebe, é o seio materno que depois é substituído por uma parte do corpo na qual o bebe suga (como o dedo ou a língua), nesta fase o bebê obtém o prazer na area da boca e dos lábios.
2) Fase anal: ou seja o bebê sente o prazer em seu próprio corpo  e também em suas excreções
Se uma criança tem uma vida sexual essa só pode ser uma vida sexual pervertida, pois as crianças não possuem o que transforma a sexualidade em função reprodutiva. O Abandono da função reprodutiva é comum nas peversões por isso considera a sexualidade infantil uma vida sexual pevertida.

3) Fase Fálica: A criança  descobre a existencia do falo ou seja busca a obtenção do prazer parte do próprio corpo,pelo órgão genital(masturbação).  
  • A investigação  sexuais das crianças  começam cedo,não se refere a uma distinção de sexos mas ambos possuem o mesmo genital ( masculino). Mais tarde quando elas  perguntam de onde vêm  os bêbes surge  então o interesse sexual. 
As teorias sexuais infantis destacadas por Freud são: a relação sexual é um ato agressivo, os bebes nascem pelo anus, e  todos tem penis.
O Objetivo principal desta conferência para Freud  foi ampliar o conceito de sexualidade imposto na época ( visando somente o ato sexual e a reprodução)e também  compreender que as crianças possuem uma sexualidade. 


setembro/2014- Revisado por Natalia Rezende da Equipe de Monitoria de Psicanalise PUC- SP, Campus Barueri.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Freud II - Verbetes: Princípio do Prazer, Princípio de Realidade e Princípio de Nirvana.


Princípio do Prazer (Resumo retirado do Vocabulário de Psicanálise, Laplanche e Pontalis, 2001)

·         O objetivo da atividade psíquica é evitar o desprazer e proporcionar o prazer.
·         Opõe-se ao princípio de realidade.
·         O principio do prazer é o princípio que nos faz querer imediatamente algo satisfatório e querer cada vez mais.
·         O sujeito busca alcançar prazer, a sensação de prazer é a experiência qualitativa de uma redução de excitações dentro do psiquismo, ou seja, prazer significa descarga de excitações enquanto o desprazer aumenta.


Princípio da Realidade (Resumo retirado do Vocabulário de Psicanálise, Laplanche e Pontalis, 2001)

·         O princípio da realidade surge a partir de uma modificação do princípio de prazer.
·         Caracteriza-se pelo adiamento da satisfação.
·         No princípio da realidade, o prazer pode ser adiado em nome de um prazer maior ou para evitar-se uma dor maior, no futuro.
·            O princípio da realidade é uma espécie de mecanismo psíquico que direciona o      homem a adaptar-se à realidade e a ordem moral.


Principio de Nirvana (Resumo retirado do Vocabulário de Psicanálise, Laplanche e Pontalis, 2001)

  • Tendência do aparelho psíquico para reduzir ao máximo qualquer quantidade de excitação, seja ela externa ou interna.
  • Este termo (NIRVANA), foi difundido no Ocidente por Schopenhauer, proveniente da religião budista e significa “extinção do desejo humano”. Essa expressão proposta por Barbara Low e reformada por Freud, em “Além do principio do prazer” (1920), para referir a uma “supressão da tensão de excitação interna”. Mais adiante, Freud irá corresponder o NIRVANA com a pulsão de morte em “O problema econômico do masoquismo” (1924), supondo que este “exprime a tendência da pulsão de morte”, sugerindo também que este termo tenha “uma ligação profunda entre o prazer e o aniquilamento” (ver "principio de prazer").

Outubro/2012 - Elaborado por Larissa Almeida, Marina Monteiro e Regina Cordeiro, Equipe de Monitores de Psicanálise - PUC/SP – Campus Barueri .

Ansiedade e Vida Pulsional (Conferência XXXII, 1932-33)


FREUD II - Ansiedade e Vida Pulsional (Conferência XXXII, 1932-33)

  • O ego sente e produz angústia/ansiedade como um sinal de algo que anuncia algum perigo, é a única sede da angústia, pois tem que se relacionar com o id, superego e o mundo externo.
  • ansiedade – mais visível, externa
  • angústia – menos perceptível, interna, individual
  • Ansiedade é uma combinação de sentimentos da série prazer-desprazer, um precipitado de um acontecimento antigo (lembrança/herança), surge da libido não utilizada ou de um processo de repressão
  • Essas situações de perigos podem ser de uma lembrança de uma situação de perigo anterior; este perigo temido, é um perigo interno que remonta uma situação externa (castração)
Perigos (momentos de angustia):
-          Desamparo (imaturidade inicial do ego)
-          perda do objeto (dependência do outro)
-          castração (fase fálica)
-          temor ao superego (período de latência)

  • Angustia precede a repressão: “Não era a repressão que criava a ansiedade; a ansiedade já existia antes; era a ansiedade que causava a repressão.”(pg. 108)
  • O processo do nascimento – ocorre uma separação (do bebê com a mãe) que por consequência se torna a primeira experiência de perigo real, uma experiência única.
Ações defensivas do Ego
-          formação reativa: atitude ou habito psicológico de sentido oposto ao desejo recalcado
-          sintoma: proteção contra uma crise de angústia
-          afastamento da excitação: o ego se afasta por completo censurando a angustia

  • Origem da angustia: consequência direta do momento traumático e o sinal de repetição deste mesmo momento
  • Angustia realística: estado de atenção sensorial, tensão motora aumentadas e preparadas em face a um perigo externo
  • Angustia neurótica: energia livre e flutuante que está preparada para se vincular a qualquer objeto; vinculada a uma ideia ou representação pode tornar-se uma fobia; em HY ou neuroses graves a angustia é acompanhada de sintomas ou surge como ataque a algo externo (teme-se a própria libido/sexualidade)
  • A mudança de tópica também exige uma mudança na teoria sobre ansiedade.
  • Teoria da Libido
  • Diferença entre instinto e estímulo
  • Conceito de Sublimação
  • Fases pré-genitais
Agosto/2014 Revisado pela monitora Camila Natal Sanzi da equipe de monitores de psicanálise da PUC-SP Campus Barueri