Freud II - RESUMO - 1ª Unidade A dissecção da personalidade psíquica (1932/33)
Freud II - RESUMO - 1ª Unidade
A dissecção da personalidade psíquica (1932/33)
vol. XXXI - Obras Completas de Sigmund Freud.
- Neste texto Freud apresenta os três reinos do aparelho mental (ID, EGO e SUPEREGO), suas funções e relações mútuas que estabelecem entre si.
- Id:
- parte obscura, inacessível da personalidade;
- estudo a partir da elaboração onírica e formação dos sintomas;
- caldeirão e nascente das pulsões;
- atemporal, amoral e ilógico;
- objetiva apenas a descarga/satisfação das pulsões
- sujeito ao princípio do prazer.
- Ego:
- derivado do id;
- pode tornar-se objeto das pulsões;
- tem a consciência como uma de suas funções;
- possui partes inconscientes;
- sistema perceptual-consciente;
- recepciona as excitações do mundo externo e interno e se modifica por influência destes;
- mediador entre três senhores tirânicos: id, superego e a realidade externa;
- instância recalcante que se defende de estímulos internos e externos;
- introduz a relação com o tempo via sistema perceptual.
- tendência a síntese;
- pensamento, memória;
- razão e bom senso;
- regido pelo princípio da realidade.
- Superego:
- instância derivada do ego;
- tem certo grau de autonomia;
- aplica julgamentos e restrições morais ao ego, dirigindo-o e ameaçando-o;
- esta consciência moral é o interditor do incesto, força o Ego a se adaptar ao Princípio da Realidade e coloca freio no Id
- veículo do ideal do eu;
- auto-observação e auto-crítica;
- Observa o Ego e o julga;
- possui partes inconscientes.
- tensão entre ego e superego gera sentimento moral de culpa.
- Os sintomas são os conteúdos reprimidos derivados do conflito entre a vida pulsional (inconsciente) e as resistências (ego) que se erguem contra esta.
- A consciência não existe desde o início da vida. Ela surge dos contrastes entre os impulsos sexuais que buscam prazer e as interdições realizadas por um poder externo (pais/adultos), o qual depois será assumido pelo superego.
- A base do processo de metamorfose do poder externo parental para o superego é a identificação, que significa um ego se assemelhar ao outro, imitando-o e assim, assimilando-o dentro de si. É a primeira forma de vinculação de uma pessoa com outra.
- Escolha objetal e identificação são processos diferentes e independentes. O primeiro significa que o ego quer ter o objeto; já no segundo, o ego se modifica para ser igual ao objeto.
- A instalação bem sucedida do superego sugere uma boa identificação com a instância parental. Por isso, o superego é herdeiro do Complexo de Édipo (envolve escolha objetal, identificação, castração).
- Freud faz uma ressalva ao final do texto alegando que as divisões entre as instâncias psíquicas não são nítidas nem rígidas. “Depois de termos feito a separação, devemos permitir que novamente se misture, conjuntamente, o que havíamos separado.” (p. 101)
Setembro/2014 - Elaborado por Camila Sanzi, Karina Bueno e Regina Agostinho, Equipe de Monitores de Psicanálise - PUC/SP – Campus Barueri .
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