Sintoma para a Psiquiatria: De cunho
biológico; Diagnóstico do médico, de forma geral, sem a busca da “causa”;
Sintoma para a Psicanálise: Forma para a
expressão da realidade psíquica do paciente, advinda de um conflito psíquico;
· Manifestação
encoberta de um conteúdo latente, indicado por um conflito ID/Ego;
· Forma
para a expressão da realidade psíquica, partindo das experiências de cada
paciente;
· Íntima
conexão entre sintoma e inconsciente, sintoma como substituto de algo que foi
afastado pelo recalque;
·
O sentido dos sintomas neuróticos foi primeiramente
descoberto por Josef Breuer entre 1880 e 1882.
·
Os sintomas neuróticos têm um sentido assim como as
parapraxias e os sonhos.
·
Freud retoma que a psicanálise baseou seus estudos
na neurose (histeria e neurose obsessiva). Mais a frente no texto o autor fala
mais longamente sobre a neurose obsessiva. É interessante o fato de que a
psiquiatria dá diferentes nomes às obsessões e dizem que são “degenerados” os
que sofrem destes sintomas. A psiquiatria dá assim uma condenação e não uma
explicação. Entretanto com a psicanálise é possível eliminar permanentemente os
sintomas obsessivos.
·
Freud também cita dois casos de sintomas
obsessivos:
No primeiro caso,
conta como o marido impotente da paciente, várias vezes vai ao quarto tentando
realizar o ato sexual sem sucesso, joga vinho nos lençóis, mas numa posição não
própria para demonstrar à empregada que o ato teria sido consumado nas núpcias.
Nessa descrição há um ritual (que serve como desejo proibido e ao mesmo tempo,
uma defesa que mantém a integridade do sujeito diante do perigo do desejo) como
um processo de repetir o ocorrido em sua noite de núpcias. Também se pode
pensar em um ato de correção, tanto para mostrar à empregada que a mancha
estava no lugar certo e para eliminar a impotência do marido.
Já o segundo caso
é bem mais complexo, e demonstra exatamente o que Freud falou sobre as
significações pessoais dos pacientes. Mesmo a cultura estando inserida através
dos objetos que a paciente demonstra o ritual, cada situação que se apresenta
existe um significado específico de ligação com a experiência da paciente e
Freud acrescenta que é dessas representações individuais que a análise deve
partir.
Março/2014 -
Elaborado por Camila Natal Sanzi da Equipe de Monitores de Psicanálise - PUC/SP
– Campus Barueri .
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