sábado, 26 de maio de 2012

"O Sentido dos Sintomas" (Conf. XVII, Vol. XVI)


Sintoma para a Psiquiatria: De cunho biológico; Diagnóstico do médico, de forma geral, sem a busca da “causa”;
Sintoma para a Psicanálise: Forma para a expressão da realidade psíquica do paciente, advinda de um conflito psíquico;
·         Manifestação encoberta de um conteúdo latente, indicado por um conflito ID/Ego;
·         Forma para a expressão da realidade psíquica, partindo das experiências de cada paciente;
·         Íntima conexão entre sintoma e inconsciente, sintoma como substituto de algo que foi afastado pelo recalque;

·         O sentido dos sintomas neuróticos foi primeiramente descoberto por Josef Breuer entre 1880 e 1882.
·         Os sintomas neuróticos têm um sentido assim como as parapraxias e os sonhos.
·         Freud retoma que a psicanálise baseou seus estudos na neurose (histeria e neurose obsessiva). Mais a frente no texto o autor fala mais longamente sobre a neurose obsessiva. É interessante o fato de que a psiquiatria dá diferentes nomes às obsessões e dizem que são “degenerados” os que sofrem destes sintomas. A psiquiatria dá assim uma condenação e não uma explicação. Entretanto com a psicanálise é possível eliminar permanentemente os sintomas obsessivos.
·         Freud também cita dois casos de sintomas obsessivos:

No primeiro caso, conta como o marido impotente da paciente, várias vezes vai ao quarto tentando realizar o ato sexual sem sucesso, joga vinho nos lençóis, mas numa posição não própria para demonstrar à empregada que o ato teria sido consumado nas núpcias. Nessa descrição há um ritual (que serve como desejo proibido e ao mesmo tempo, uma defesa que mantém a integridade do sujeito diante do perigo do desejo) como um processo de repetir o ocorrido em sua noite de núpcias. Também se pode pensar em um ato de correção, tanto para mostrar à empregada que a mancha estava no lugar certo e para eliminar a impotência do marido.
Já o segundo caso é bem mais complexo, e demonstra exatamente o que Freud falou sobre as significações pessoais dos pacientes. Mesmo a cultura estando inserida através dos objetos que a paciente demonstra o ritual, cada situação que se apresenta existe um significado específico de ligação com a experiência da paciente e Freud acrescenta que é dessas representações individuais que a análise deve partir.

Março/2014 - Elaborado por Camila Natal Sanzi da Equipe de Monitores de Psicanálise - PUC/SP – Campus Barueri .


Nenhum comentário: