Uma nota sobre o inconsciente na
Psicanálise (1912)
vol. XII - Obras Completas de Sigmund
Freud.
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Neste texto Freud expõe o que os termos “consciente” e “inconsciente” significam
na teoria psicanalítica.
Consciente
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concepção que está presente em nossa consciência
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nos damos conta
Latente
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conteúdos inconscientes
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não são conteúdos fracos
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conteúdos pré-conscientes – podem reaparecer na consciência a qualquer momento
Inconsciente
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concepção que não estamos cientes
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sua existência pode ser admitida devido a provas, como atos falhos, esquecimentos,
sonhos, etc.
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conteúdos com caráter dinâmico, intensidade e atividade
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conteúdos que se mantêm fora da consciência
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Maneiras de verificar a distinção entre o consciente e inconsciente
→
Experimento de Bernheim com sugestão pós-sináptica: Enquanto o paciente estava
em estado hipnótico, recebia uma ordem dada pelo médico. Embora não se
lembrasse do que foi dito depois de despertar, em um determinado momento
realizava a ordem lhe foi dada, de forma consciente, mesmo sem saber o motivo
desta ação. Ou seja, a ordem ficou em estado latente ou inconsciente na mente
do paciente e no momento determinado, veio à consciência, mas não em sua
totalidade. Muitas outras idéias associadas a ordem dada permaneceram no
inconsciente.
→ Fenômenos histéricos e outros
naturais: A mente do paciente está repleta de idéias inconscientes. Os sintomas
histéricos, por exemplo, procedem destas idéias, apesar do paciente não ter
conhecimento disso. Mas estas podem ser detectadas e tornarem-se conscientes
através do processo psicanalítico.
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Assim, tem-se que uma atividade
pré-consciente (latente) passa para a consciência sem dificuldades e uma atividade inconsciente assim permanece
e parece ficar isolada da consciência.
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Quando se tenta trazer uma idéia inconsciente à consciência, somos tomados pela
ação da resistência. Desta forma, a idéia inconsciente fica excluída da
consciência por forças vivas de defesa, que dificultam sua passagem de uma
instância psíquica para outra.
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“A inconsciência é uma fase regular e inevitável nos processos que constituem
nossa atividade psíquica” (p.283)
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Todo ato psíquico começa inconsciente, e pode permanecer assim, devido a ação
das resistências, ou evoluir para a consciência.
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Freud faz uma ressalva a respeito da distinção entre a atividade pré-consciente
e inconsciente bem como o reconhecimento da barreira que os mantêm separadas
não são o resultado mais importante da investigação psicanalítica, mas sim os
sonhos. “A psicanálise se fundamenta na análise dos sonhos e a interpretação
deles constitui a obra mais completa que a jovem ciência realizou até o
presente momento.” (p. 283)
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Formação onírica mais comum pode ser assim descrita:
→ Uma seqüência de pensamentos
ocorridos durante o dia encontra vinculação com representantes inconscientes
presentes desde a infância no inconsciente. Com a força do trabalho de
elaboração onírica, estes pensamentos voltam a consciência, na forma de sonho.
Para isso, três coisas aconteceram:
1)
Os pensamentos sofreram uma transformação, um
disfarce pela ação de defesas inconscientes;
2)
Os pensamentos ocuparam a consciência em um
momento que não poderiam;
3)
Uma parte do inconsciente, que não poderia
fazer de outra maneira, surgiu na consciência
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Mediante a investigação mais profunda sobre os processos da formação onírica,
Freud pôde inferir que as leis inconscientes diferem amplamente daquelas
aplicadas à consciência. E ressalva que seus estudos ainda não estavam
completos em relação ao inconsciente, apesar de dizer que “ele pertence a um
sistema de atividade psíquica merecedor de nossa plena atenção.” (p. 285)
Maio/2012 - Elaborado por Karina de Queiroz Bueno, Equipe
de Monitores de Psicanálise - PUC/SP – Campus Barueri .
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