sábado, 14 de setembro de 2013

Desenvolvimento da libido e as organizações sexuais

Conferência XXI
Desenvolvimento da libido e as organizações sexuais

·         No começo do texto Freud levanta a importância das perversões para a compreensão de sexualidade. Não foi somente às perversões que o fizeram mudar o conceito de sexualidade, o estudo da sexualidade infantil também desempenhou este papel.

·         A noção freudiana de sexualidade não se restringe a genitalidade, vem além do corpo biológico e sua finalidade não é a procriação, mas sim o prazer.

·         Reconhecer que o que é psíquico não é só consciente (“Existe algo do sexual que não é genital assim como existe algo do psíquico que não é consciente”).

·         O que se pode definir por perversão é a substituição dos órgãos genitais por outro objeto qualquer na obtenção de prazer que não tenha por finalidade a reprodução, porém quando as ações pervertidas são inseridas no ato sexual normal para a contribuição intensificadora do ato, não são exatamente perversões.

·         Sexualidade pervertida e normal tem origem na sexualidade infantil. A diferença entre a perversa e a normal seriam seus instintos dominantes e seus fins sexuais. Mas cada uma tem um instinto dominante, uma centralização, já a sexualidade infantil não tem essa centralização.

·         Do sexto ao oitavo ano na criança pode-se observar o período de latência, estado em que há uma parada no desenvolvimento sexual. As experiências e impulsos mentais vividos antes deste período são esquecidos, o trabalho da psicanálise é trazer de volta a memória este período.

·         Antes da fase fálica, há outras fases que podem ser chamadas de pré-genitais, onde os instintos componentes são os sádicos e anais. Aqui os genitais desempenham apenas o papel de excreção. Contraste entre masculino e feminino não desempenha nenhum papel. (fase anal)

·         Anterior a fase anal, está a fase oral (local de prazer é a boca), ambas auto-erótica (pulsão sexual encontra o prazer sem recorrer a um objeto externo).

·         O primeiro objeto erótico de uma criança é o seio materno.

·         Depois o bebê substitui este objeto da fase oral e passa a ter como objeto de prazer uma área de seu próprio corpo.


·         Ele descreve o complexo de Édipo para os meninos, onde o menino compete com o pai a atenção de sua mãe. E para a menina é diferente por ela querer competir com a mãe a atenção com o pai.

·         O papel que a criança ocupa na família é de extrema importância na sua determinação de vida. Ele fala também sobre a vinda de um irmão ou irmã. A criança pode ver este como um intruso que quer roubar a sua mãe ou pai, e também pode toma-lo como objeto de desejo como substituto do pai/mãe que não pode ter.


Agosto/2014 - Revisado por Marina Monteiro, Equipe de Monitores de Psicanálise - PUC/SP – Campus Barueri.

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