Conferência XXI
Desenvolvimento da libido e as organizações sexuais
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No começo do
texto Freud levanta a importância das perversões para a compreensão de
sexualidade. Não foi somente às perversões que o fizeram mudar o conceito de
sexualidade, o estudo da sexualidade infantil também desempenhou este papel.
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A noção
freudiana de sexualidade não se restringe a genitalidade, vem além do corpo
biológico e sua finalidade não é a procriação, mas sim o prazer.
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Reconhecer
que o que é psíquico não é só consciente (“Existe algo do sexual que não é
genital assim como existe algo do psíquico que não é consciente”).
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O que se
pode definir por perversão é a substituição dos órgãos genitais por outro
objeto qualquer na obtenção de prazer que não tenha por finalidade a reprodução,
porém quando as ações pervertidas são inseridas no ato sexual normal para a
contribuição intensificadora do ato, não são exatamente perversões.
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Sexualidade
pervertida e normal tem origem na sexualidade infantil. A diferença entre a
perversa e a normal seriam seus instintos dominantes e seus fins sexuais. Mas
cada uma tem um instinto dominante, uma centralização, já a sexualidade
infantil não tem essa centralização.
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Do sexto ao
oitavo ano na criança pode-se observar o período de latência, estado em que há
uma parada no desenvolvimento sexual. As experiências e impulsos mentais
vividos antes deste período são esquecidos, o trabalho da psicanálise é trazer
de volta a memória este período.
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Antes da
fase fálica, há outras fases que podem ser chamadas de pré-genitais, onde os
instintos componentes são os sádicos e anais. Aqui os genitais desempenham
apenas o papel de excreção. Contraste entre masculino e feminino não desempenha
nenhum papel. (fase anal)
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Anterior a
fase anal, está a fase oral (local de prazer é a boca), ambas auto-erótica
(pulsão sexual encontra o prazer sem recorrer a um objeto externo).
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O primeiro
objeto erótico de uma criança é o seio materno.
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Depois o
bebê substitui este objeto da fase oral e passa a ter como objeto de prazer uma
área de seu próprio corpo.
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Ele descreve
o complexo de Édipo para os meninos, onde o menino compete com o pai a atenção
de sua mãe. E para a menina é diferente por ela querer competir com a mãe a
atenção com o pai.
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O papel que
a criança ocupa na família é de extrema importância na sua determinação de
vida. Ele fala também sobre a vinda de um irmão ou irmã. A criança pode ver
este como um intruso que quer roubar a sua mãe ou pai, e também pode toma-lo
como objeto de desejo como substituto do pai/mãe que não pode ter.
Agosto/2014 - Revisado por Marina Monteiro, Equipe de Monitores de Psicanálise
- PUC/SP – Campus Barueri.
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